O que é a inflação e como ela afeta a sua vida

Antigamente, um hábito comum era o de guardar dinheiro no colchão. Era considerado um lugar seguro dentro da sua casa. Um lugar a que poucas pessoas tinham acesso. Obviamente, o acesso ao sistema bancário era praticamente impossível nesta época, ou limitado àquelas poucas pessoas que moravam perto de um banco (e que confiavam nele). O que tornava o hábito de guardar dinheiro em casa, seja em um colchão, seja em um baú, uma das melhores maneiras de manter seu dinheiro seguro.

Mas tem um problema, principal e fundamental: aquilo que o seu dinheiro pode comprar hoje, não é o mesmo que o seu dinheiro vai poder comprar amanhã. O seu dinheiro vai perdendo o valor. Se você tem 200 mil reais para comparar um apartamento e decide guardar esse dinheiro, daqui a um ano, você terá os mesmos 200 mil reais, contudo, o valor do mesmo apartamento será maior, seja 210, 220 ou 230 mil, mas o resultado disso é que o seu dinheiro, ainda que mantido o valor, já não é suficiente para comprar aquele apartamento. E essa elevação contínua dos preços, que corrói o valor do dinheiro que você tem em mãos, chamamos de inflação.

A inflação é um fenômeno econômico que ocorre quando há um aumento geral e contínuo dos preços de bens e serviços em uma economia. Isso significa que o poder de compra do seu dinheiro diminui com o tempo, pois a mesma quantidade de dinheiro pode comprar menos produtos do que antes.

Algumas das causas para esse fenômeno pode ser um aumento na demanda, aumento nos custos de produção, aumento nos salários ou aumento na quantidade de dinheiro em circulação. No Brasil, o índice oficial que mede a inflação é o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que mede a variação dos preços dos produtos e serviços consumidos pelas famílias brasileiras.

A inflação pode ter vários impactos na economia e na vida das pessoas. Quando os preços sobem, as pessoas tendem a comprar menos, o que pode levar a uma queda na produção e no emprego. Além disso, a inflação pode afetar negativamente a renda das pessoas que não conseguem acompanhar o aumento dos preços.

O combate e controle da inflação é uma das principais atribuições do Banco Central através da política monetária. Para isso, Banco Central pode aumentar ou diminuir a taxa de juros, reduzindo ou aumentando a quantidade de dinheiro em circulação, ou seja:

- O aumento da taxa de juros visa diminuir a quantidade de dinheiro em circulação, o que pode controlar a inflação.

- A diminuição da taxa de juros visa aumentar a quantidade de dinheiro em circulação, o que pode levar a uma alta da inflação.

O principal impacto de um descontrole inflacionário na vida das pessoas é o aumento dos preços das mercadorias e serviços, fazendo com o que o seu dinheiro, com o passar do tempo não seja mais suficiente para comprar o mesmo que comprava antes.

Investir em ativos de renda fixa atrelados à inflação é uma boa ferramenta para proteger o seu patrimônio de ser corroído pelo aumento dos preços. Podemos citar ativos como CDBs indexados ao IPCA, títulos públicos IPCA+ e NTN para investidores iniciantes. Para investidores mais experientes, podemos citar LCIs e LCAs ou CRIs e CRAs indexados ao IPCA. Lembrando que todo investimento demanda uma análise detalhada por parte do investidor para determinar a qualidade e relação risco x retorno do ativo. Para conhecer um pouco mais sobre esses investimentos veja nosso post Sopa de Letrinhas, no qual descomplicamos um pouco esse universo de siglas.

A principal mensagem é: inflação é ruim, fuja dela. Guardar dinheiro não é uma maneira de fugir da inflação. É preciso investir.